terça-feira, 28 de maio de 2013

Poema de amor


ARTES

ao Francisco José



Não distingo o que queres
e nem triunfo sobre
o enigma que nos atrai
(assim dessemelhantes).
Mas se adivinho o que há dentro do teu cenho
e se (acaso)
empreendo o que (querendo) não fazes por
consumar -
ganho (em troca)
a solidão patética de quem erra
por acertar.



O amor é isso:
cisco que tolda a vista
tão só pra se enxergar.



do livro Alumbramentos, Maria Lucia Dal Farra editora Iluminuras