HISTÓRIA DO PROJETO FREUDIANO
Alba Abreu Lima
História é uma palavra com origem no antigo termo grego
"historie", que significa "conhecimento através da
investigação". Trata-se de uma ciência que estuda a vida do homem através
do tempo: investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres
sociais. O conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser
que constrói seu tempo. A história relata
a evolução de organizações de diversos tipos. Nesse sentido, podemos dizer que
a história do Projeto Freudiano se confunde com a HISTÓRIA DA PSICANALISE EM
SERGIPE.
Desde que foram lançadas as sementes do saber psicanalítico
em 1984, com um pequeno grupo de estudos que coordenava, há quase 30 anos, podemos
afirmar que hoje é tempo de colher frutos! Todas as instituições de psicanálise
do Estado foram organizadas após nossa fundação em 1988 – algumas até nascidas
com pessoas que beberam de nossa fonte - e desde então, se podemos nos
vangloriar de alguma coisa nessa trajetória é de nosso rigor ético, de respeito
e consideração pelos diversos saberes em nosso Estado.
O PROJETO
FREUDIANO teve como objetivo a
divulgação, o estudo teórico-clínico e a transmissão da psicanálise, numa visão
crítica de seus fundamentos, orientando a formação dos analistas e dirigindo nossos
pares à Escola de Lacan – antes vinculado ao Campo Freudiano, e desde 1998 ao
Campo Lacaniano - onde podem buscar a garantia de uma práxis, mais além do que
nos propomos a oferecer.
Sempre estivemos abertos,
colocando o discurso analítico em consonância com as agruras no nosso tempo, debatendo,
elaborando trabalhos e participando ativamente na política da CIDADE: no direito,
na saúde, na escola, na universidade, na arte e em todos os campos onde o
sujeito de insere com sua falta e suas demandas de acolhida.
Por fim, gostaria de agradecer aos que caminharam e os que hoje
caminham comigo, encarando as diferenças dentro de nosso laço, comum de
qualquer sociedade humana e, mais além, enfrentando os inimigos da psicanálise
com seus “livros negros” e a visão reducionista de que o homem se restringe a
seu comportamento. Cito Freud em O futuro
de uma ilusão:
“Não,
nossa ciência não é uma ilusão. Ilusão seria imaginar que aquilo que a ciência
não nos pode dar, podemos conseguir em outro lugar.
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